Repentes inocentes do amor secrecional - III

aquela puta velha da esquina da insanidade
que me oferta o seio murcho, todo dia, toda hora

guarda na bolsa de couro, suja e descascada
um coração inocente, macio, rósea
que bate inseguro, à espera de um amor

...

a cada trago, a cada olhar
o salto, a pele, as rugas
a tosse, os dentes, tudo!
tudo é amor!

é Deus que se disfarça...

Nenhum comentário: