A tua tez que tanto aquece,
com um triz, enaltece
poros e pêlos,
cicatrizes e zêlos.
Diz-se, nas esquinas, da arrepiada cutis,
que quando se ama,
tensiona e proclama,
em leves tremeliques.
E o movimento que pincela
passeando curva a curva,
torna a dama delirosa
tímida, singela donzela...
Tudo que te tegumenta me provoca
E invoca, minhas aflições e medos.
É minha alma que te toca!
...
o Diabo mora na ponta dos dedos
Repentes inocentes do amor secrecional - IV
a alquimia das secreções ensaiam na tua língua...
separando o viscoso
do fino, e o líquido
do plasma - o gozo que te cria
fundindo o Elixir
que aprisiona
e trancafia na mandíbula
o aroma do meu sêmem
e a espessura do meu pau...
e quando surge faringeal
com a goela me apertando
no balé das mucosas, passeia
pelo freio lingual, não freia
a minha vontade trêmula
de gozar pra sempre
te alimentar de mim.
mas
num repente, passa, se perde...
...
só nos resta repetir!
separando o viscoso
do fino, e o líquido
do plasma - o gozo que te cria
fundindo o Elixir
que aprisiona
e trancafia na mandíbula
o aroma do meu sêmem
e a espessura do meu pau...
e quando surge faringeal
com a goela me apertando
no balé das mucosas, passeia
pelo freio lingual, não freia
a minha vontade trêmula
de gozar pra sempre
te alimentar de mim.
mas
num repente, passa, se perde...
...
só nos resta repetir!
Repentes inocentes do amor secrecional - III
aquela puta velha da esquina da insanidade
que me oferta o seio murcho, todo dia, toda hora
guarda na bolsa de couro, suja e descascada
um coração inocente, macio, rósea
que bate inseguro, à espera de um amor
...
a cada trago, a cada olhar
o salto, a pele, as rugas
a tosse, os dentes, tudo!
tudo é amor!
é Deus que se disfarça...
que me oferta o seio murcho, todo dia, toda hora
guarda na bolsa de couro, suja e descascada
um coração inocente, macio, rósea
que bate inseguro, à espera de um amor
...
a cada trago, a cada olhar
o salto, a pele, as rugas
a tosse, os dentes, tudo!
tudo é amor!
é Deus que se disfarça...
repentes inocentes do amor secrecional - II
essa fenda melada com cheiro de mundo,
perto do osso, pulsante, cheia de sangue
que me nega, me engole e me deseja
fecunda idéias, mágoas, languidez
e faz o resto do universo parecer desncessário, decrépito e ridículo!
me corrompe, me ofende, me rebaixa
me suga a alma, mas com calma, vem, e se encaixa
com tanta magia, perfeição e natura...
como será a vida ápós a morte,
se os anjos não nos tocam?
perto do osso, pulsante, cheia de sangue
que me nega, me engole e me deseja
fecunda idéias, mágoas, languidez
e faz o resto do universo parecer desncessário, decrépito e ridículo!
me corrompe, me ofende, me rebaixa
me suga a alma, mas com calma, vem, e se encaixa
com tanta magia, perfeição e natura...
como será a vida ápós a morte,
se os anjos não nos tocam?
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