A biologia das fraudes sexuais - Manifesto - Parte I

Corpo é certeza.

Força estática e força dinâmica. A lei do repouso não é natural.

Atração é certeza.

O corpo reproduz a ciência. A lei da atração é a lei dos corpos.

Acaso é falha. O estéril é falha. O útero é a partícula do cosmo.

Flerte é falha. Sedução é falha.

O Humano é falho.

O pressuposto é humano. O pressuposto é falho.

A regra é única. Os gêneros são dois apenas.

A regra é holística.

A secreção é divina. O sangue é a parte humana do todo matéria.

Odores são essencialmente humanos.

Todo desejo é metafísico.

Fetiche é revelação. O universo é intangível.

Toda matéria tem energia. Não existe nada além da matéria.

O pecado prova a existência de Deus.

O desejo de pecar é sublime.

Todo pensamento é propriedade do corpo.

A insanidade é prima. É a ação direta do pensamento.

Todo corpo é inicialmente impenetrável.

Tudo é movimento.

O humano é resultado.

Cada parte é um todo indivisível.

O corpo humano une as partes.

Todo sistema necessita do centro. Todo centro é potência.

Todo sistema combina intensidade, força, potência e distância.

Todo núcleo é insubstituível.

Movimento gera equilíbrio.

Toda lei natural fundamenta seus princípios na simplicidade da ação.

Memória é luz incidente.

A luz quer penetrar. Sempre.

O impenetrável reflete.

Reflexão é luz própria em potência.

Da Ásia - Parte I

Hebreus antigos, transeuntes sedentos
Protegidos pelo céu e benção de Abraão,
Coléricos se viram entre sóis e ventos,
Na miragem de um Deus, egípicio ou não.

Alado às páginas da redação suprema,
Um homem tecia destinos nas alturas,
Mas a senectude é contrária ao dilema
Rascunhado em vão na sagrada escritura.

Pois na última linha de seu livro quinto,
Indagou Moisés, que na Torá legislou:
"Do divino pacto, dúvida pressinto:
A Canaã prometida, de que adiantou?

Se o povo de Adonai, fiéis caminhantes
Erguera um Estado no deserto esquecido,
Pode homem oriundo do abismo distante
Destruir as colunas do templo perdido?"

No mapa é soturno, qual felino criminoso,
Inferno asiático da fronteira enfraquecida,
Impávido e robusto como um leão ardiloso
Que acabara de trair manada enfurecida.

Terra de Israel, és infanto Estado velho,
Reduto do mártir e da face mascarada,
Potência que reluz o nebuloso escaravelho
Como praga egípicia, eterna e condenada.

Das águas - Parte I

No atlântico do oriente, de infinita rota,
Onde cíclopes se armam, frente a terra do poder,
Mata ele a ibérica sede, e encharca a velha bota,
Até o verdejante caminho balcânico do saber.

Curva-se diante do portentoso Gilbratar,
Para sentir Suez, e tocar o irmão vermelho,
Em contínuo encontro com o Negro parceiro,
Acena à Bosforo e Dardanelo, findando o passear.

Segue sápido e aquecido pelo vento do Saara,
E no Jônico profundo resfria o seu azul,
Nos braços de um primo Adriático ele pára,
Sempre navegante rumando a norte ou sul.

Água que tudo forma - é de Deus filha única,
Qual o belo indivisível - mar mediterrâneo,
Tão forte e sólida - é a verdadeira túnica,
E o sangue viscoso deste leito subterrâneo.