No atlântico do oriente, de infinita rota,
Onde cíclopes se armam, frente a terra do poder,
Mata ele a ibérica sede, e encharca a velha bota,
Até o verdejante caminho balcânico do saber.
Curva-se diante do portentoso Gilbratar,
Para sentir Suez, e tocar o irmão vermelho,
Em contínuo encontro com o Negro parceiro,
Acena à Bosforo e Dardanelo, findando o passear.
Segue sápido e aquecido pelo vento do Saara,
E no Jônico profundo resfria o seu azul,
Nos braços de um primo Adriático ele pára,
Sempre navegante rumando a norte ou sul.
Água que tudo forma - é de Deus filha única,
Qual o belo indivisível - mar mediterrâneo,
Tão forte e sólida - é a verdadeira túnica,
E o sangue viscoso deste leito subterrâneo.
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