Li nos lábios os gritos da imensidão claustrofóbica
Vomitei com os olhos a aberração parasita
Sonhei acordado o pesadelo do medo do sono
Tive saudade ao lembrar de um amor em vida
Descobri que a dor é recordação da dor
Queimei a gota do suor de pavor e ardor
E expulsei a gêmea má que mora na minha alma
Dancei no salão das armadilhas diabólicas
Sobrevoei céu rósea de sangue e adorno
Roubei estátuas vivas do jardim do desespero
E deitei nu no trilho quente da eterna partida
Sou a esperança, filha do caos, sentença e lança
Sou a dama sem rosto que lhe esconde o sorriso.
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