delírio

Com brutalidade, vem gozo silencioso...
E sigo trêmulo, nas entranhas da lembrança
Qual fragrância ímpia do cabelo que embriaga
A julgar a verdade nua, ante a temperança.

E na cólica do teu ventre vem a dança
A enrijecer-te o seio, que solitário clama
Em par com teu olhar, que perdigueiro chama
Meu toque áspero e o meu beijo jocoso.

Denuncia-nos então um frêmito pulsante
Que abençoa e apunhala este pobre amante...

Mas sempre presente, lasciva mão nos afaga
Em suave toque secreto, voraz, libidinoso...

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