Nasce à caça de tocar - reconhecer
Saciar a sede agora humana
Oxidar a garganta em intermitente grito louco
Trancando a casa da víscera quente
Até perder a sua parte corda
E deitar num colo sincero de lágrima...
Vai rosnar como lobo criança
Ante ao inverno da alma do mundo
Desde que sinta o que era um futuro
Vai fitar o pai sem sabê-lo
E desejar o sono sempre distante
A completar quase mil noites de uma vida
E então a prima dor da infância
Na descoberta diabólica do erro possível
Enruga a pele jovem e tímida
E conduz à reflexão
A filha da honestidade e mãe do absurdo:
Glória!
Certeza ímpia de um caminho estreito...
Sob a bandeira da nação qualquer
À jurar boicotes, fundar família
Quer ser homem o menino guerreiro
Ser parte inteira, dentro, membro e braço
Tão somente em pensamento
Nas deprimentes fugas manchadas em vermelho
E trombetas que anunciam renúncias
E na noite do respiro curto
No bosque escuro das selvas da ira
Descansa morta a cabeça do soldado
Num colo sincero cheio de sangue.
Desapego! Ensina um manual que não existe
Que o outro sinta a dor que é dele!
É capitão, amigo, líder e jorra...
Uma vida se esvai noutras mãos inocentes
Morre à caça de tocar - reconhecer
E saciar uma sede agora humana
Oxidar a garganta em intermitente grito louco...
O guerreiro morre tal qual surge
Na dúvida de julgar os erros possíveis!
...
E eis que reflete nos olhos mortos da cabeça que sangra
Um veloz chumbo que então se hospeda
Parto!
À glória - um lugar comum